segunda-feira, 12 de maio de 2008

... o movimento poderia ter acontecido em qualquer prédio ou em qualquer curso... são linhas... inflexões ... é um movimento latente, de desejo, de angústias... vontades que circulavam no espaço-tempo até colidirem em corpos desejantes, cansados da inércia, também desejada, salutar às estruturas de contenção estabelecidas...

... não somos “ocupantes”, “invasores”, “assentados”, “moradores” ... somos habitantes... habitamos o CEMUNI 3 de forma física e subjetiva, sentimentos coletivos manifestos em espaço, principalmente porque esse recinto nos habita ao ponto de sermos uma só coisa...

... a sua debilidade descasual nos destrói e nos irrompe a nos movermos... por isso movimento... alunos que sempre aqui estiveram e criaram relações de significância com tal objeto... Reiteramos: Aqui sempre estivemos! Clamávamos sonantes, mas somente agora sejamos vistos...

... o objeto barraca é teto, implantação, símbolo ... Para Sartre: “Olhar para algo é tornar este ser um objeto de atenção. Todo olhar objetiva, torna coisa o existente contemplado”... Queremos tornar nossas vozes maciças... de peso suficiente a serem consideradas...

... Não aceitamos a mediocridade como verdade... Essa vontade gravitacional de nos imobilizar no chão... Esse ímpeto pelos escombros... O empoeiramento de nossas vistas após cairmos nos faz deambular desnorteados... Mas também sabemos... Que tudo que se desestabiliza... Que rui... Abre campo para reconstrução com as mesmas pedras... Abre campo para experimentação de outras formas...

manifesto_habitantesdocemuni3

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