segunda-feira, 12 de maio de 2008
Cenário 1 – Norte
...0 partimos de quatro perguntas básicas:
a – qual o ensino que temos na prática?
b – qual o ensino proposto pelo Projeto Pedagógico do Curso?
c – qual o ensino de arquitetura que queremos ter?
d – qual a viabilidade e quais as dificuldades em se implantar tal estrutura de ensino?
...1 propor que os Grupos de Trabalho Tomem conta do Projeto Pedagógico. Partes mais importantes: Apresentação até Organização Curricular, p. 36.
...2 reforçar apoio de representação nas salas de aula – Representantes de cada período. Frisar a importância de que cada sala tenha a possibilidade de se manifestar – voz. Tentar passar autonomia e liberdade de comunicação entre cada sala. Fomentar discussões e trocas entre as salas – momento circular.
...3 passar em cada sala com o Programa das Disciplinas presente no Projeto Pedagógico. Saber dos alunos se o Programa e a Ementa das matérias têm sido cumpridos e sondar algumas possibilidades de melhoria.
...4 registro de cada reclamação, dúvidas e propostas em forma de diário.
...5 depois de cada Grupo de Trabalho tomar conhecimento do Projeto Pedagógico, cada Grupo, individualmente, tentar responder às mesmas perguntas básicas:
a – o que temos na prática?
b – o que foi proposto pelo Projeto Pedagógico do Curso?
c – o que queremos ter?
d – qual a viabilidade e quais as dificuldades em se implantar isso?
...6 criar possibilidades de os alunos mais novos de curso conversarem sobre nosso ensino com os professores. Um dos pontos positivos mais valorizados do curso é justamente a relação de proximidade professor-aluno. Ajudar os alunos a conhecerem isso.
...7 marcar nas sextas que membros de cada Grupo de Trabalho e cada Representante de Turma apareçam no pátio para conversarem sobre o que aconteceu durante a semana e propor atividades para a semana seguinte.
...8 foi proposto que nossa estrutura de reunião ocorrerá, sempre que necessário, de forma aberta e livre de participação, no pátio do Cemuni 3. Os horários poderão ser os de menor atividade acadêmica e maior movimentação de pessoas – alunos e professores – ou seja, horário de almoço (12 às 13h) e de final de tarde (por volta das 18h).
...9 estabelecemos dois momentos diferenciados da nossa mobilização:
A partir de uma leitura prévia do Projeto Pedagógico e dos Programas das Disciplinas, passar em cada sala de cada período a fim de saber quanto dos Programas está sendo posto em prática.
Proposta de ir além do que está formalizado no Projeto Pedagógico. Formar uma comissão de pesquisa (professores e alunos) disposta a inovar nossa estrutura de ensino de arquitetura e urbanismo.
...10 estabelecer os objetivos da mobilização. Objetivos Gerais:
a. re-estruturar o movimento estudantil do curso de arquitetura, visando, ainda, a mobilização dos Centros Acadêmicos do Centro de Artes e um maior diálogo com o Diretório Central dos Estudantes;
b. transformar reivindicações, possibilidades, anseios e vontades num documento formal a ser apresentado ao Departamento em Assembléia Geral do Curso, no pátio do Cemuni.
G.T. Extensão:
G.T. Infra-estrutura:
G.T. Atividades.
Segunda-feira, 12/05:
EFETUADA A COMPRA DE 22 LIVROS a serem doados para a Biblioteca Setorial conforme lista indicada pelos professores Homero, Clara, Paulo Vargas, com participação de alguns alunos. O valor gira em torno de R$ 1300,00 e os livros chegarão em duas semanas (previsão). O dinheiro é fruto do repasse da X Comissão Organizadora do Encontro Regional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo, ocorrido em Vitória no ano passado;
Conversa com a professora Cristina Engel durante o horário de almoço;
Diário de Conversações
Conversa com Cristina Engel:
comprometeu-se a encaminhar uma carta à reitoria endossando nossa permanência, desde que sejam dados alguns retornos de nossa parte, tais como responsabilidade pela estrutura física do prédio nos horários em que não há professores ou funcionários, inclusive fins de semana, a proibição do uso de bebidas alcoólicas e drogas em geral - compromissos já assumidos desde o primeiro dia de mobilização. Solicitou um cronograma de retirada das barracas. Já havíamos pensado nessa possibilidade, e nossa idéia é a de permanecer até o dia que seja marcado uma assembléia com todos os professores, alunos e funcionários do DAU no pátio do CEMUNI 3.
Sábado, 10/05:
Compareceram membros dos Grupos de Trabalho. Discussão do Cronograma de Atividades possíveis para a semana seguinte. Novas barracas; novos habitantes.
Diário de conversações
Conversa com André Abe;
Grupos de apoio e de atividades se instituírem como suporte às demandas diárias e programadas do curso;
Comissão de representantes de turma + professores coordenadores voluntários em agendamento de visitas/programação de evento, seminários, palestras, convidados para as aulas;
Apoio voluntário e monitoria voluntária;
Rádio estendida.
Conversa com Bruno Bowen (fim de semana):
Oficina + palestra – semana de atividades;
Permacultura associada à cadeira de Tecnologia e Recursos Naturais – saber como esse conteúdo pode ser distribuído entre várias matérias de todos os departamentos. Isso pressupõe pesquisa e agendamento de reuniões entre chefes de departamentos. As professoras Cristina e Márcia já tinham um projeto de editar um artigo que se utiliza dessas idéias;
Planejamento habitacional – clube da construção + EMAU + ONG;
Apresentação do Escritório Modelo na quarta-feira (14/05)
Quarta-feira, 07/05:
Literatura
Poesia
Arquitetura
Durante o dia, idealizamos um Cronograma de Atividades Previstas até o final da semana. Às 18 horas, mesa com o aluno Paulo Muniz, formado em Letras pela UFES e graduando em arquitetura.
Visitação na sala do 4º Período. Conversações com D.C.E., Romanelli, Eneida, Bruno, Paulo Vargas, Renata Hermany, e Rogério. À noite apareceram alguns alunos de Psicologia. O curso deles passa por um momento semelhante. Possibilidade de eles mobilizarem os estudantes do curso.
Diário de conversações
Quarta (07/05/2008)
Conversa com a professora Eneida M. de Souza Mendonça:
Preocupação com a aposentadoria dos professores:
Importância da Pós-Graduação na renovação do quadro de professores.
Conversa com o professor Bruno Massara:
Sugestão de seqüência de filmes por temática (de Metrópolis a Matrix, passando por Blade Runner)
Conversa interna numa madrugada dessas...
Estabelecemos como prioridade fazer um apanhado de matéria por matéria em cada período – visitações;
Reforçar a ajuda dos primeiros representantes de turma, com a participação do mesmo;
Trazer este representante para a discussão geral;
Reforçar o convite;
Pedir aos representantes para conversar com os professores – dias: quinta e sexta (alunos iniciam um diálogo com os professores para saber se os professores possuem ou não dedicação exclusiva, quais as disciplinas que ele ministra e quais as principais dificuldades que ele encontra ao fazê-lo: se falta a infra-estrutura necessária, se os alunos estão desinteressados demais para que role boa discussão, ou se o professor está sobrecarregado com alguma disciplina do mestrado, ou exercendo cargos administrativos ou com pesquisa);
Estabelecer a hora do almoço como horário-ponto de repasse... circular pelo pátio... mostrar disponibilidade... dividir atividades...
Segunda-feira, 05/05:
Materialização
Habitação
Preenchimento
Transformação
Permanência
Renovação
Reunião no pátio, criação dos Grupos de Trabalho (Ensino, Extensão, Infra-Estrutura, Atividades) e montagem das barracas. Conversamos com representantes do D.C.E. (Dani, Arthur e Nilson) e com os professores Bruno e Romanelli.
Publicaremos, entremeados por outros textos, o histórico dos habitantesdocemuni3 que se manifesta de diversas formas, aqui registradas cronologicamente. Exporemos conversações, diálogos, sugestões, reuniões, críticas ou qualquer outra forma de apreensão de vozes que agora encontram um registro... um eco coletivo independente de hierarquias no qual alunos, professores e funcionários desvelam seus anseios
...
... o movimento poderia ter acontecido em qualquer prédio ou em qualquer curso... são linhas... inflexões ... é um movimento latente, de desejo, de angústias... vontades que circulavam no espaço-tempo até colidirem em corpos desejantes, cansados da inércia, também desejada, salutar às estruturas de contenção estabelecidas...
... não somos “ocupantes”, “invasores”, “assentados”, “moradores” ... somos habitantes... habitamos o CEMUNI 3 de forma física e subjetiva, sentimentos coletivos manifestos em espaço, principalmente porque esse recinto nos habita ao ponto de sermos uma só coisa...
... a sua debilidade descasual nos destrói e nos irrompe a nos movermos... por isso movimento... alunos que sempre aqui estiveram e criaram relações de significância com tal objeto... Reiteramos: Aqui sempre estivemos! Clamávamos sonantes, mas somente agora sejamos vistos...
... o objeto barraca é teto, implantação, símbolo ... Para Sartre: “Olhar para algo é tornar este ser um objeto de atenção. Todo olhar objetiva, torna coisa o existente contemplado”... Queremos tornar nossas vozes maciças... de peso suficiente a serem consideradas...
... Não aceitamos a mediocridade como verdade... Essa vontade gravitacional de nos imobilizar no chão... Esse ímpeto pelos escombros... O empoeiramento de nossas vistas após cairmos nos faz deambular desnorteados... Mas também sabemos... Que tudo que se desestabiliza... Que rui... Abre campo para reconstrução com as mesmas pedras... Abre campo para experimentação de outras formas...
manifesto_habitantesdocemuni3