segunda-feira, 26 de maio de 2008


Em reunião de departamento realizada na semana passada, nós alunos conseguimos um espaço aberto para discussão com os professores a ser realizada no pátio do nosso CEMUNI 3, na 5ª feira, dia 29/05, às 16h.
Um dia antes, às 18h e também no nosso pátio, realizaremos uma PRÉ-ASSEMBLÉIA para fechamento de algumas questões que serão discutidas na assembléia. Tentaremos também nesse dia, já a presença de alguns professores.
É absolutamente necessária a presença de todos os alunos visto a importância que esse momento tem para o futuro do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Reformulações são necessárias. Que comecem!

Um comentário:

arquiteliteraturas disse...

Segundo, Henri Lefebvre, "Les contradictions de l’espace ne viennent pas de sa forme rationnelle telle qu’elle se dégage dans les mathématiques; elles viennent du contenu pratique et social et, spécifiquement, du contenu capitaliste" (LEFEBVRE, 2000, p. 48).


Os sonhos de consumo, nas sábias palavras de Henri Lefebvre, instauram a contradição do espaço pelo viés prático do conteúdo capitalista. Ou seja, o capitalismo geraria dinâmica dos indivídios, mas instauraria a inércia das coletividades, quando se tratasse de militar em prol do social. Como abordamos (Lívia, Valdinéia e eu) esse tema num seminário de Planejamento Municipal ontem, nessa terça-feira (num curso oferecido por Milton), aí vão alguns argumentos favoráveis ao movimento estudantil de nossos colegas do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo.

A apatia que corrompe as coletividades e as impede de reivindicare seus direitos de cidadania tem-se instalado entre nós, em todos os níveis: familar, comunitário, estudantil, municipal estadual e federal.

Isso tem gerado uma democracia mais formal que substantiva, mais deficiente que eficiente, mais carente de vínculos sociais e de instituições socialmente sedimentadas que plena de satisfação participativa. Além disso, quem não exerce a cidadania da crítica às políticas, suprime o Estado e o sistema político dos nossos horizontes de felicidade no presente e no futuro da coletividade. O que haverá para os que vierem depois de nós? É preciso merecer aqueles que vêm depois.

Quem espera que a vida coletiva dependa exclusivamente do acaso ou do esforço pessoal caminha em retrocesso, porque macaqueia o american way of life, fazendo crescer as “formas do não-Estado”, como o Terceiro Setor (Ongs, Pongs e Xongs), a criminalidade organizada, o tráfico, a lavagem de dinheiro, a corrupção etc.

Em suma, esses andróides melancólicos (estudantes que não têm consciência política) e essas crianças radiosas (estudantes que compram nos shoppings e fazem universidade federal como status social, já que as particulares - fafus e facus - têm fama de burras), enfim, esses andróides melancólicos e essas criaças radiosas passam a considerar os processos participativos como desfavoráveis ao crescimento econômico, porque dificultariam a tomada rápida de decisões. Assim, alinham-se com o cúmulo da vertente liberal de cidadania associada aos organogramas do mercado.

Ora, é preciso participar, reivindicar, criticar!!! Vcs, Calau, Emau, Carlão, Junim, todas as meninas, Conrado, Martha..., enfim, todos aqueles que ocuparam o Cemuni 3, num gesto corajoso de ação afirmativa, para resistir aos kits de comportamentos dóceis e produzir subjetividades sociais (como diz o Milton) estão certíssimos!!!
Eu lhes agradeço a todos em nome da turma de 2004/1.
a) Paulo.